Poesias para o Dia do Índio 01


Hoje trago seis poesias sobre o Dia do Índio para vocês utilizarem em sala de aula ou em apresentações de momento Cívico.

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UMA HOMENAGEM A TODOS OS ÍNDIOS DO BRASIL


Somos filhos da terra cor de urucum.
Dos sons do igarapé e da força do jatobá.
Das águas do Araguaia, do Tapajós, do Iguaçu.
Somos filhos do sol de Kuaray, da lua de Jaci.
E da chuva que semeia o guaraná, a pitanga e o aipim.
Somos filhos dos mitos.
Do uirapuru e seu canto, do vento e do pranto.
Guerreiros, fortes, sábios.
Somos Ianomânis, Guaranis, Xavantes, Caiabis.
E o que somos nunca deixaremos de ser.
 

Autora: Zeli Poa – Jornal Zero Hora

RESPEITO AOS ÍNDIOS

Os índios merecem todo o nosso
Respeito, carinho e amor.
Até hoje algumas tribos vivem em aldeias, preservando com garra sua própria raça.
Quando os portugueses aqui chegaram já encontraram os índios vivendo e tomando conta das nossas terras.
Os índios respeitam e preservam a Natureza. Amam os animais e cuidam com carinho, amor e imenso respeito da nossa fauna e da nossa flora.
Vivem em contato com a natureza e consideram-se os verdadeiros donos das terras.
Os índios seguem uma alimentação natural e saudável, por isso geralmente são fortes, risonhos e felizes, principalmente aqueles que não têm contato com os homens brancos.
Adoram caçar, pescar e plantar! Tirando da terra sua alimentação e sobrevivência preferem viver longe da civilização, pois têm sua própria cultura e suas próprias leis.
Vamos amar nossos índios com todo o respeito que eles merecem!
Eles fazem parte da história do nosso povo!
Eles fazem parte da história do nosso país!
É importante que os índios sejam lembrados todos os dias como nossos irmãos, pois dão exemplo de pureza e dignidade sempre.
Adoradores da lua e do sol vivem em perfeita harmonia com mares, rios e florestas!
Verdadeiros donos das nossas terras!

Autor: Antonio Marcos Pires

Os Caiapós


Esta poesia foi feita da floresta
Admirada por estrelas e pelo luar
Escrita em língua de origem Caiapó
É um idioma que é nosso
É a fala primitiva do Brasil
Canto do povo chamado Caiapó
Canto que se apagou com o canto europeu
A floresta então se escureceu
A poesia tornou-se lágrimas
Lágrimas que inundaram rios
Sonhos que se tornaram choro
Tabas, ocas e índios morreram
Não a carne, e sim por dentro,
Escravizados se tornaram
Estranhos da própria terra
Desconhecidos de si mesmos
Acreditavam na terra que é deles
Ainda são filhos da floresta
Ainda vivem da poesia do mato
Poemas que nascem dos rios
De um povo que brotou das folhas
Que dançam aos deuses em oração
Tentando fugir de todo o vazio
Que derrama sangue todo o dia
Sangue da canção e da poesia
Poesia na língua dos Caiapós
Palavras vindas da alma Tapajós
Estrofes com sabor de guaraná
Esse poema que eu escrevo
São palavras de vida e morte
Quero usar este pleonasmo
“Escrito com minhas próprias mãos”
Pleonasmo que chama a atenção
Atenção para essas mãos
Mãos que nasceram no Brasil
Filhas da mesma terra
Espero que essa poesia não se evapore
Que essas palavras permaneçam aqui
Que essas palavras mantenham vivas
O canto dos povos dos Amazonas
Que nasceram das tabas, ocas e rios
São conhecidos como índios
Filhos legítimos de Guaraci
Também legítimos filhos de Jaci
É povo Tupi-Guarani
Povo que surgiu da floresta
Gente do Amazonas
Povo do Rio Tapajós
Gente da tribo Caiapó.

Edmar Bernardes da SilvaSão Francisco – Califórnia – EUA – por correio eletrônico.
Festa na taba


O pajé avisou.
O cacique escutou.
A taba precisa,
Urgentemente,
Se divertir!

“Peguem os ‘pife’,
Os tambores,
E os maracás!
É hora de festejar
A mãe terra querida!
O sol e o ar!
Irmãos e irmãs,
Gritos de amor!
Passos ao chão.
Chão do pai, e do avô!”

É a harmonia no ritmo.
O passo da vida,
Que pulsa no coração.
É som em conjunto.
Batida em irmandade.
Toada da emoção.

A vida somos nós!
Todos numa só vida!

Benedito Gomes Rodrigues- Coreaú, CE
beneditogr@hotmail.com

Hostilidade

O índio do litoral sem nenhuma inimizade.
Recebeu o europeu sem má vontade.
Mostrou tudo com disposição, mas o que recebeu foi traição.
O índio inocente confiou tanto que ajudou o branco a sobreviver.
Por isso perdeu suas terras que até seus costumes teve que esquecer.
Tudo o índio fez para tentar ajudar, mas o branco capitalista como sempre, só quer enricar.
O índio sofreu, o índio chorou por ver sua terra gritando de dor.
Árvores no chão, rios sem vida.
Tudo isso sendo morto por causa de briga.
Os arcos e flechas jogados no chão, índios mortos dentro da mata por causa da mineração.
Garimpeiros que invadem suas matas, que roubam sua tradição.
Que matam por querer e sem nenhuma razão.
E já se passaram quase quinhentos anos do descobrimento hostil.
Mas ainda hoje preconceito contra índios há no Brasil.

Thaís de Oliveira AraujoCamaçari – BA.


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