QUANDO É PRECISO DESACELERAR
Sabemos que estes momentos são cada vez mais raros no decorrer do dia a dia e que talvez seja quase que uma utopia vivenciá-los e ou torna-los como hábitos em nossa jornada de sobrevivência, porém, não podemos deixar de lado que, nosso corpo e é claro que nossa mente, merecem e necessitam de pausas entre barulhos ensurdecedores e a rotina mecanizada que compõem nossa jornada exaustiva. Um estado mental de desaceleração possibilita uma análise objetiva e acurada dos desafios que se apresentam ao longo da nossa história de vida, possibilita também um encontro com nosso Eu interior e uma maior reflexão de nossas prioridades. Isto não significa passividade, inércia, cautela excessiva ou lentidão, mas sim um estado de equilíbrio que o corpo e a mente respirem. Em meio às pressões diárias e as facilidades tecnológicas, é importante não se deixar acelerar a ponto de provocar estresse, fadiga, exaustão e outros tipos de transtornos potenciais. Optemos pelo estado mental desacelerado, que amplia a nossa percepção e proporciona uma atuação precisa e preventiva.
Com o passar dos anos da vida vivenciamos momentos de aceleração decorrente do alto volume e ritmo de trabalho e outros momentos marcados que são verdadeiras montanhas russas. Interessante perceber que independente da alternância de velocidade e ritmo, chega uma determinada etapa da vida que é necessário desacelerar para preservar a longevidade com qualidade de vida. E, em que implica essa desaceleração? Implica em dar seguimento ao curso das atividades, em todas as áreas, se permitindo atuar com mais ponderação, cautela, prudência e consistência, tento um aproveitamento maior no que consiste em quais são suas prioridades. Isso não significa paralisia e nem mesmo perda de foco na produtividade em um contexto profissional. Uma ocasião, ouvi de um dos colegas de trabalho, numa das instituições educacionais em que atuei a seguinte expressão que me alertou e chamou a atenção: “A vida não se mede as pressas”, o que me fez refletir bastante, considerando que num primeiro momento me pareceu algo meio sem sentido, notadamente por conta do alto ritmo e da pressão de trabalho que vivenciava. Essa expressão ecoava em minha mente, de vez em quando, e com o passar do tempo percebi que ele estava certo, pois entendi que a atitude de desacelerar para perceber e aguçar meus sentidos me possibilitaria uma menor perda de energia e uma maior apreciação da vida ao meu redor, o que resultaria em menos estresse e, por conseguinte, melhoria de desempenho e qualidade de vida.
A questão central que me intriga é que no contexto organizacional se valoriza o senso de urgência como uma das competências essenciais em meio às mudanças em alta velocidade.
QUANDO É PRECISO DESACELERAR?
Geralmente o corpo dá sinais de que é necessário este momento de desaceleração, uma pausa mais prolongada no café, um momento de leitura a sós, um momento de laser inesperado, um passeio no parque no fim do dia etc. Um estado mental de desaceleração possibilita uma análise objetiva e acurada dos desafios que se apresentam ao longo da nossa história de vida pessoal e profissional. Isto significa maior qualidade de vida, definição de prioridades e maior aproveitamento do tempo. Em meio às pressões diárias e tanta tecnologia, é importante não se deixar levar a ponto de provocar estresse e fadiga mental.
O desacelerar implica em tomar melhores decisões e maiores acertos. A vida merece pausas, pode ser a nossa essência querendo desatar as amarras. Um pedido de socorro que só a gente é capaz de ouvir.
Artigo > Prof. Marcos L Souza
Marcos Leonardo de Souza é Educador e Escritor. Licenciado em Pedagogia, História e Música, com Pós-Graduação Lato Senso em Psicopedagogia, Alfabetização e Letramento, Educação Lúdica, Educação Musical, Educação Infantil, atuando nas áreas de consultoria, assessoria pedagógica, treinamentos, oficinas e palestras. Mestre em Educação.